terça-feira, janeiro 06, 2009

um desesperado no caos

Os socos da realidade dão conta de nos deixar sedados o suficiente para que esqueçamos que ela existe. Bastam algumas tarefas a mais e o fio da boa reflexão é perdido, sem tempo sequer pra olhar pra trás.

O turbilhão se foi e agora posso respirar aquele verão que todo ano me faz tão bem e, enfim, reativar este espaço.

Não quero fazer disto um mural de memórias, de manifestações de melancolia ou nostalgia, ou algo puramente gratuito. Vou voltar. Mas volto tão contrariado quanto no dia da estréia deste blog. Contrariado não por não querer estar aqui, mas porque não gosto do que escrevo. Eu não gosto da maioria dos meus textos. Com eles, eu tenho uma relação inicial de repúdio que acaba se transformando em tolerância ou, eventualmente, em afeto.


A única coisa que eu sei é que muito me atrai essa maneira de decodificar em outro código o que eu insisto em achar interessante. Apenas insistência.

A minha filosofia é medíocre. Mais ainda por querer encontrar alguma forma de respaldo. Ela míngua, enrola-se em si mesma e, quando não se esgota por si própria, entrega-se ao abismo do caos na maior das covardias. A minha filosofia é uma suicida.

quarta-feira, outubro 08, 2008

E ponto.

Os falsos moralistas são piores do que os moralistas.

sexta-feira, julho 11, 2008

Quase um ciclo

Incessante roda do dia que cega e faz a vida correr ainda mais. Quisera saber para onde vai.

Ouvindo: Eels - All in a day´s work.

quinta-feira, julho 03, 2008

Catártico

Como eu era pedante em achar que sabia alguma coisa. Empinava o nariz e me acha "o". Mas a vida vai nos ensinando o enrosco que é isso tudo.

O mundo era tão orgânico quando eu era criança. Tudo se encaixava, tudo era funcional e conseqüente. O que não era imediato estava suportado por uns blocos gigantes aparentemente sólidos. Quanto mais eu me sedimentava ali, mais seguro eu me sentia.

No entanto, eu percebi que a robustez daquele monte de tijolos não era verdadeira. Era areia pura. Simples forma e nenhuma liga. Fato é que eu empreendi uma destruição incessante de tudo aquilo. Acabei com os jardins da estância, matei minha professora de religião, aniquilei o discurso da minha avó, abati meus "amigos" de infância, desnudei o padre e revirei todas as folhas dos meus escritos.

Era tão mais fácil encontrar um sentido porque o sentido era tão espetacular quanto as razões que o justificavam. Tudo o que não era sólido desmanchou-se no ar...

O paradoxal é que, apesar da confusão, agora tudo é mais claro. Sim, agora tudo é mais fácil de não entender.


Ouvindo: Sweet Caroline - Neil Diamond.

segunda-feira, junho 30, 2008

Já é julho!

domingo, maio 18, 2008

Portal

Odeio esse imediatismo ríspido da realidade!

quinta-feira, maio 08, 2008

Grow and Grow

Eu quero tanto transformar algumas das minhas idéias em filme... Mas não sei o que me falta. Nem sei se me falta alguma coisa.

E ouvindo Sufjan Stevens, eu me lembro de tudo aquilo que povoava os meus sonhos.

Andiamo!

Ouvindo: Concerning the UFO Sighting Near Highland, Illinois